Funcionárias desviam quase R$ 1 milhão de transportadora
- florapietro5
- 5 de set. de 2024
- 2 min de leitura
De acordo com a investigação, funcionárias usaram verba desviada para comprar aparelhos de TV, computadores e até caminhão. Segundo a Polícia Civil, crime foi confessado pela dupla investigada.

De acordo com o relato da dona da transportadora, que preferiu não ser identificada, o faturamento da empresa caiu pela metade após os desvios, assim como o quadro de funcionários.
A empresária informou à TV Anhanguera que a suspeita dos desvios começou após o marido receber uma ligação de uma loja de eletrodomésticos, pedindo confirmação de endereço e informando que havia a compra de uma geladeira de R$ 7 mil no nome dele. Após a ligação suspeita, a empresária se recordou que havia recebido diversas ligações de um banco digital anteriormente com informações semelhantes, porém, acreditava que era um golpe.
"Depois de constantes ligações do ano passado referente ao banco, mais essa questão da loja, eu pensei 'tem alguma coisa errada' ", disse a empresária.
Após a quebra do sigilo telefônico e bancário, a polícia encontrou conversas no WhastApp das suspeitas que confirmavam a autoria do crime (veja no início do
texto). Após serem intimadas pela polícia, as investigadas confessaram os desvios em cartas anexadas ao inquérito policial, assumindo as devidas participações de cada uma no crime, segundo a Polícia Civil.
Como o crime funcionava?
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela empresária, as suspeitas agiam da seguinte forma: Primeiro pediam para que o marido dela, que também é vítima dos golpes e proprietário da empresa, cadastrasse seu rosto em aplicativos que exigiam o Face ID como forma de segurança.
Segundo a Polícia Civil, as investigadas diziam para a vítima que o rosto dela seria usado para atualizar aplicativos que a empresa utilizava para o frete de mercadorias. A investigação aponta ainda que as mulheres se aproveitavam do fato da vítima ser míope e não utilizar os óculos no momento, para usar o Face ID e assim abrir contas em bancos no nome do patrão e desviar o dinheiro da empresa.
Como não tinham acesso aos dados financeiros da empresa, as investigadas não podiam fazer transações bancárias e, como forma de burlar essa regra, usavam as contas abertas para receber os valores de contratos dos clientes da transportadora.
As contas foram criadas no CNPJ da transportadora e no nome do proprietário, de acordo com o inquérito policial. Ao todo, seis contas em diferentes bancos foram abertas.
De acordo com Adriano Jaime, delegado responsável pelo caso, os clientes não suspeitavam que estavam transferindo os valores para contas de terceiros, já que estavam registradas no nome da empresa ou do proprietário.
Leia a reportagem na íntegra: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/09/04/funcionarias-desviam-quase-r-1-milhao-de-transportadora-em-aparecida-de-goiania-diz-policia.ghtml
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